TÍTULO: PROIBIDO
AUTORA: TABITHA SUZUMA
PÁGINAS: 304
NOTA: 5 - FAVORITADÍSSIMO
Olá meu povo,
Primeiro, gostaria de pedir desculpas por ter abandonado o blog sem informar por aqui que o faria. Não garanto retornar de vez, mas hoje senti vontade de postar a resenha, alias, sentir vontade de conversar e comentar sobre esse livro, até por que, além das pessoas da internet ainda não tenho alguém com quem conversar sobre o meu mundo literário.
Mas agora vamos ao que interessa de fato.
Se existe RESSACA LITERÁRIA, esse livro conseguiu me colocar em uma das mais bravas existentes. E é exatamente por esse motivo também que resolvi fazer a resenha, para ver se falando, quer dizer, escrevendo sobre, a ressaca vai embora de vez.
A estória passa-se em Londres e conta a vida de uma família completamente desestruturada depois que o pai os abandonou para formar uma segunda família em outro País, deixando para trás mulher e 5 filhos. O problema é que essa mulher nunca soube lidar com a separação, dificultando ainda mais a vida dos filhos, saindo e bebendo todo dia, passando semanas fora de casa e deixando a responsabilidade - por achar ser obrigação - com os filhos mais velhos: Lochan ( 17 anos ) e Maya ( 16 anos ), responsabilidade essa que além de cuidar da casa e tentar manter uma ordem, ter que cuidar, alimentar e ensinar os 3 menores: Kit ( 13 anos ), Tiffins ( 8 anos ) e Willa ( 5 anos ).
Com o passar dos dias você vai percebendo que o problema dessa mãe só piora, as farras aumentam, a vontade de voltar a ser adolescente e com isso a fingir que não tem filho também, o que provoca muitas brigas com Lochan colocando nele mais responsabilidade, além da culpa por ele ter nascido.
A estória é muito polêmica, é triste ver o bulling acontecendo dentro da casa, as revoltas, as brigas e como tudo isso termina no incesto, no envolvimento que termina por acontecer entre Lochan e Maya, que por mais que eles evitem, e que finjam que não é, acontece. E é onde o livro só piora, porque é tão dolorido ver esse envolvimento acontecer, por tudo o que nos é ensinado a vida toda, é estranho quando se vê o amor de homem e mulher surgir entre eles.
" Estou louco para poder fazer até as menores coisas - dar a mão a ela a caminho da escola, um beijo de despedida no corredor antes de seguir cada um para a sua sala, almoçar juntos, passar o recreio aconchegados num banco ou nos beijando apaixonadamente atrás de algum dos prédios, correr para um abraço quando nos encontramos nos portões depois da última companhia. Todas as coisas que os outros casais na Belmont fazem naturalmente. "
Passei o livro inteiro esperando coisas ruins acontecerem, e analisando direito, coisas ruins acontecem o livro inteiro. O livro é doloroso, o sofrimento e os questionamentos entre eles do amor, do relacionamento, do desejo, do ciume, dos sonhos de ter uma vida de um adolescente normal, de poder se dedicar aos estudos, de fazer uma faculdade onde desejar, sem ter que primeiro pensar em quem vai cuidar dos seus irmãos, se caso você for para uma faculdade em outro País.
O livro vale muito a pena ser lido, mas, esteja ciente que você vai se questionar sobre muitos assuntos e vai talvez terminar de ler sem entender muitos desses questionamentos.
SINOPSE:
Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis.
Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes.
Eles são irmão e irmã.
Com extrema sutileza psicológica e sensibilidade poética, cenas de inesquecível beleza visual e diálogos de porte dramatúrgico, Suzuma tece uma tapeçaria visceralmente humana, fazendo pouco a pouco aflorar dos fios simples do quotidiano um assombroso mito eterno em toda a sua riqueza, mistério e profundidade.
Espero que tenham gostado da resenha e até uma próxima.
Até,
Isis Silva.