08 - PRESSÁGIOS DE VERÃO - Lucy Elliot

Livro: PRESSÁGIO DE VERÃO

Maratona de Banca: Março/2012

Tema: Mocinho ou vilão

Autora: Lucy Elliot

Páginas: 286

Olá galerinha,

Sei que me afastei um pouco de vocês, mas foi uma fase meio dificil para minhas leituras, e inclusive estou atrasadaça ( não sei nem se essa palavra existe ... ) esse ano. 1º Porque tava tendo aulas teóricas na auto escola, para tentar tirar minha habilitação; 2º Porque pegava os livros e não conseguia passar do primeiro capitulo... Aí vocês podem imaginar, foi um mês tão triste sem leituras...

Mas enfim, vamos ao que interessa...

O tema do mês de março da maratona de banca foi: VILÃO OU MOCINHO, e apesar de receber uma lista de opções, terminei arriscando em um que pela sinopse achei que se encaixava: PRESSÁGIO DE VERÃO - Lucy Elliot ( Clássicos da Literatura Romântica - CLR). Nunca tinha lido um romance de banca dessa linha da Nova Cultural, e me surpreende devo admitir pela simplicidade com que a história é contada, e pelo fato de ter o básico que é o romance da mocinha e do mocinho/vilão, tem toda uma história sobre a escravatura. Tema que particularmente mexe muito comigo, pois não admito preconceito ou racismo de qualidade nenhuma, acho que é algo inadimissivel, pois ao meu ver todos somos iguais.

O livro conta a história de Sylvia Spencer e John Randall. Ela uma mocinha bem valente para sua época, criada só pelo pai depois da morte da mãe no seu nascimento, cresceu ajudando o pai na fazenda, até o dia que sua avó interferiu dizendo que ela precisava aprender coisas que mulheres respeitadas devem saber para poder casar, até porque o seu pai não seria eterno. Ele, um mistério, todos falam algo, mas ninguém na verdade sabe exatamente o que ele é: se pirata, se caçador de escravos fujões, se um simples mercador, e é o que vamos descobrir com o passar da história...

Os dois se conhecem exatamente no dia em que 2 anos apos ir para Boston "aprender" a ser uma mulher de verdade como dizia sua avó, ela não resiste e mesmo sabendo que é perigoso a noite, pois por conta do movimento de abolição da escravatura, ainda tem muitos caçadores de escravos atraz de negros fugitivos, ela ainda assim sai com sua Persephone para cavalgar, e sem perceber cavalga para mais longe do que pretendia.

Ele a vê linda, quase despida, pois ela precisou tirar várias partes da roupa para poder conseguir cavalgar como um homem faz, não como uma dama, e a alerta que por ali é perigoso fazendo-a voltar para casa, mas não antes de marcá-la com uma delicadeza que a faz enrubescer sempre que o encontra.

Mas por mais que as pessoas interfiram e mesmo aparecendo outro pretendente em sua vida, o amor entre eles nasce de uma delicadeza imensa. O livro é delicado, não é hot ( para as que preferem titulos assim, ele não é nada hot ), mas é otimo de ser lido, e apesar de saber qual é sempre o final desses romances, você ainda encontra-se na torcida pelo final feliz dos personagens. Mas eu particularmente torcia pelo final feliz dos outros personagens, os escravos negros fugitivos que apareceram na história, pois em várias partes do livro você sente como se estivesse nos tempos atuais, onde ainda existe muito preconceito, onde algumas pessoas condenam um negro injustamente simplesmente por ser negro e "todo negro se parecer", não existe no mundo, negros, brancos, amarelos, existe pessoas, seres humanos, seres que pensam, que lutam por seus ideais, espero que aconteça a abolição dentro das pessoas, que ainda condenam pela aparência, pois essas são as pessoas que menos vivem...

" Um senhor de Escravos não podia inspirar amor, só desprezo ! "


1864
Cenas degradantes da captura de negros fugitivos tornam-se frequentes no país e ferem os sentimentos de Sylvia Spencer .Como muitos , ela sonha com o dia em que haverá liberdade para todos.Mas lutar contra a escravidão implica agir na clandestinidade e correr riscos de prisão e morte.Revoltada com a própria missão , Sylvia decide enfrentar os perigos e contestar as leis .Mesmo perdendo o amor de John Randall ... Um senhor de escravos que se aproveita da situação injusta para ter filhos que jamais serão reconhecidos nos círculos aristocráticos não pode ser senhor de seu coração !

Beijos pessoal ...